Lava Jato

Procuradoria denuncia Renato Duque e Vaccari por lavagem de dinheiro

Na denúncia a Procuradoria pediu que os acusados sejam condenados a pagar uma restituição de R$ 2,4 milhões e uma indenização de R$ 4,8 milhões

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Publicado em 27/04/2015 às 11:25
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Na denúncia a Procuradoria pediu que os acusados sejam condenados a pagar uma restituição de R$ 2,4 milhões e uma indenização de R$ 4,8 milhões - FOTO: Foto: EVARISTO SA / AFP
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O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Duque foram denunciados à Justiça, por procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato, sob a acusação da prática de lavagem de dinheiro.

A denúncia do Ministério Público, apresentada nesta segunda-feira (27), aponta que o crime foi praticado 24 vezes, entre abril de 2010 e dezembro de 2013, e totalizou R$ 2,4 milhões.

De acordo com acusação, uma parte da propina paga para Duque por empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude, a pedido de Vaccari Neto.

Na denúncia a Procuradoria pediu que os acusados sejam condenados a pagar uma restituição de R$ 2,4 milhões e uma indenização de R$ 4,8 milhões.

Há, ainda, vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com o PT, afirma a Procuradoria.

Segundo a força-tarefa, para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal -a Setec e a SOG- assinaram dois contratos, em 1º de abril de 2010 e em 1º de julho de 2013, respectivamente, com a Gráfica Atitude.

A gráfica, porém, jamais prestou serviços reais às empresas, emitindo notas frias para justificar os repasses, de acordo com os procuradores.

OUTRO LADO

A reportagem ainda não conseguiu falar com Vaccari, Duque e representantes da gráfica.

Vaccari nega qualquer irregularidade à frente da tesouraria do PT. A defesa de Duque sempre negou que ele tenha praticado crimes na diretoria de Serviços da estatal.

Procurado pela reportagem no dia 15 de abril, quando foi divulgado que o motivo para a prisão de Vaccari haviam sido pagamentos suspeitos efetuados à Gráfica Atitude, o coordenador editorial e financeiro da empresa, Paulo Salvador, disse que vai esperar ser notificado pela Justiça para se pronunciar.

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