Terremoto

Representante da ONU diz ser 'lancinante' ver destruição no Nepal

A última pessoa resgatada da qual se teve notícia foi uma mulher de 24 anos, que ficou 128 horas debaixo de escombros

Da ABr
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Publicado em 01/05/2015 às 22:17
Foto: PRAKASH SINGH / AFP
A última pessoa resgatada da qual se teve notícia foi uma mulher de 24 anos, que ficou 128 horas debaixo de escombros - FOTO: Foto: PRAKASH SINGH / AFP
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A responsável das Nações Unidas pela ajuda em casos de emergência, Valerie Amos, disse nesta sexta-feira (1º), em Katmandu, que é "lancinante" ver como aldeias inteiras situadas nas montanhas ficaram destruídas pelo terremoto que sacudiu o Nepal, no último sábado (25).

"É lancinante ver aldeias inteiras no topo das montanhas destruídas. É quase impossível chegar lá", afirmou em seu perfil no Twitter a sub-secretária-geral para Assuntos Humanitários, que desde ontem (30) está em Katmandu.

Valerie Amos, que está nos Himalaias para avaliar a situação na região e garantir a distribuição de ajuda humanitária, afirmou que, "como em todos os desastres", veem-se "grandes diferenças" entre a população atingida. "Há aqueles que perderam tudo, e há zonas que apenas sofreram danos", relatou a representante da Organização das Nações Unidas (ONU) na rede social.

A responsável para Assuntos Humanitários também animou os médicos do "inspirador” hospital de Dhulikhel, onde estão sendo tratadas cerca de 1.300 pessoas que ficaram feridas com o terremoto, enquanto a unidade de saúde só tem capacidade para 300 pessoas.

A responsável das Nações Unidas também encorajou os serviços de socorro, que trabalham no limite das suas possibilidades no país e que, nesta quinta-feira, "conseguiram resgatar 15 pessoas que estavam debaixo dos escombros".

A última pessoa resgatada da qual se teve notícia foi uma mulher de 24 anos, que foi libertada na última noite por equipes de resgate do Nepal, de Israel e da Noruega depois de ter passado 128 horas debaixo dos escombros de um edifício em Katmandu.

O comissário europeu de Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, também chegou na quinta-feira a Katmandu para avaliar as necessidades mais urgentes.

Segundo os últimos dados oficiais, mais de 6.200 pessoas morreram e quase 14.000 ficaram feridas, apesar de se calcular que estes dados deverão aumentar por se desconhecer os efeitos do terremoto nas zonas mais remotas do Nepal.

O sismo provocou ainda cerca de 2,8 milhões de desalojados em um país com uma população de cerca de 28 milhões de habitantes. Segundo o ministério do Interior do Nepal, 148.329 edifícios ficaram destruídos em todo o país.

O terremoto do último sábado teve a intensidade de 7,8 graus na escala Richter, o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região na última década desde 2005. Naquele ano, 84.000 pessoas morreram devido a um terremoto registrado na Índia.

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