O PT atendeu aos pedidos do PMDB e de outros partidos da base aliada e vai formalizar sua posição favorável ao ajuste fiscal proposto pelo governo. Depois de três horas de reunião, a portas fechadas, em clima de intenso debate, o líder do partido, Sibá Machado, reafirmou a decisão anunciada na terça-feira (5), depois de um dia inteiro de convencimento da bancada.
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“Para nós é pura simbologia. Não precisava, porque decisão tomada não se volta a palavra. Mas como é uma palavra que importa muito e era bom para nossa bancada estar com quórum maior agora, vamos, publicamente, com questão fechada”, afirmou.
A liderança do PT na Câmara vai publicar uma nota oficializando a decisão. Com isto, Sibá Machado devolveu a cobrança aos demais aliados. “O que mais nos interessa é voto dos companheiros [do PT] integralmente no plenário. Agora queremos isso também dos demais partidos da bancada do governo. É uma cobrança que minha bancada faz”, explicou.
O esforço do partido do governo para alcançar unanimidade foi uma resposta à cobrança que líderes de partidos aliados reiteraram na manhã de hoje, durante reunião no Palácio do Jaburu com o vice-presidente, Michel Temer, que tentou buscar uma solução para a aprovação da matéria.
No encontro, o líder o PMDB, Leonardo Picciani, encabeçou a cobrança para que o PT se manifestasse sobre o ajuste fiscal. Picciane explicou que a questão não era mais sobre o mérito do texto, mas sobre um convencimento. Ele destacou o pronunciamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em um programa do partido na TV em que criticou a aprovação da lei da terceirização.
A expectativa é que a matéria que estava pautada para a sessão extraordinária de meio-dia seja apreciada agora à tarde pelo plenário da Câmara.