Cerimônia

Em casamento, Roberto Jefferson canta, chora e faz piada com mensalão

Ele deu uma festa para 300 convidados apenas 13 dias após ser libertado da cadeia

Da Folhapress
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Publicado em 29/05/2015 às 17:47
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil (Arquivo)
Ele deu uma festa para 300 convidados apenas 13 dias após ser libertado da cadeia - FOTO: Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil (Arquivo)
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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) cantou, chorou e fez piada com o mensalão ao celebrar seu casamento nesta sexta-feira (29) em Três Rios, no interior fluminense.

Ele deu uma festa para 300 convidados apenas 13 dias após ser libertado da cadeia para cumprir o resto da pena em casa.

Em discurso no altar, o petebista se emocionou ao agradecer a dedicação da noiva Ana Lúcia Novaes.

"Ela sofreu ao meu lado as mais duras penas da minha vida. Nunca chorou, nunca se lastimou", disse, aos prantos.

"Enfrentou com serenidade a CPI do Mensalão, a minha cassação na Câmara dos Deputados, o julgamento e a prisão."

Em seguida, Jefferson fez piada com seu embate contra o ex-ministro José Dirceu, a quem acusou de comandar o suborno de parlamentares em troca de apoio ao governo Lula.

"Minha Ana, você desperta em mim os instintos mais deliciosamente primitivos", disse, para risos da plateia.

Em agosto de 2005, o petebista disse a Dirceu, no Conselho de Ética da Câmara: "Vossa Excelência desperta em mim os instintos mais primitivos".

Jefferson cantou duas músicas românticas ao microfone: "Fascinação", gravada por Elis Regina, e "Dio, como ti amo", cantada por Gigliola Cinquetti.

Ele convidou poucos políticos para o casamento, como o deputado Benito Gama (PTB-BA) e o deputado estadual Campos Machado (PTB-SP).

Segundo amigos, a festa custou cerca de R$ 100 mil. Jefferson não quis confirmar o valor. "Amor não tem preço", disse.

Autor da denúncia à Folha de S.Paulo sobre a existência do mensalão, Jefferson foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a repetiu para a noiva as palavras que dirigiu ao ex-ministro José Dirceu.

O petebista foi condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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