O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou à reportagem nesta quarta-feira (17) que marcou a primeira acareação da comissão para o dia 30 de junho, entre Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, e o doleiro Alberto Youssef.
Leia Também
No dia 7 de julho, o ex-gerente Pedro Barusco deverá fazer acareação com Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.
Na sequência, no dia 14, será a vez de Barusco e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto se encontrarem.
As acareações foram aprovadas na semana passada, na mesma sessão da CPI que aprovou a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. A sessão foi tensa, com bate-bocas entre o presidente da comissão e parlamentares do PT, que tentaram adiar a votação.
Okamotto será chamado para explicar as doações de R$ 3 milhões feitas ao Instituto Lula pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada no esquema de corrupção da Petrobras.
Motta diz que o objetivo das acareações é esclarecer informações divergentes que foram dadas durante depoimentos dos envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
Costa, Youssef e Barusco fizeram o acordo com a Justiça em troca de benefícios judiciais.
O ex-tesoureiro nega e diz que todas as doações recebidas foram legais. Já Duque é apontado como intermediário da propina ao PT na Petrobras, o que ele nega.
Motta vai encaminhar pedido ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para rever ato da Mesa Diretora que impede a entrada de presos para realização de oitivas para que as acareações ocorram nas dependências da Câmara.