São Paulo

Haddad diz que relação com PMDB está 'ótima' e não prevê rompimento

Prefeito disse que o PMDB, como membro da base do seu governo, 'ajuda muito' e se mantém fiel à aliança

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Publicado em 21/06/2015 às 12:40
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Prefeito disse que o PMDB, como membro da base do seu governo, 'ajuda muito' e se mantém fiel à aliança - FOTO: Foto: Fotos Públicas
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), minimizou na semana passada a possibilidade de o PMDB não apoiar sua candidatura à reeleição, em 2016, em meio à pressão de parte dos peemedebistas para o rompimento da aliança com o Partido dos Trabalhadores.

Haddad disse que o PMDB, como membro da base do seu governo, "ajuda muito" e se mantém fiel à aliança.

"Nós estamos longe de 2016, estamos trabalhando em um governo de coalizão. O PMDB é da base do governo, ajuda muito na votação de projetos de interesse da cidade. Com a vinda do Chalita [Gabriel Chalita, secretário da Educação de São Paulo], isso ainda foi intensificado, um grande secretário de Educação. De maneira que a nossa relação está ótima lá e vai continuar assim", afirmou Haddad.

O prefeito disse que as denúncias envolvendo Chalita são "velhos fatos revolvidos agora" que não vão prosperar, nem atingir sua gestão. "Não vejo por onde prosperar. Não há nem inquérito aberto. Vamos ver a evolução, mas temos muita confiança no Chalita, está fazendo um trabalho excepcional, já ocupou outros cargos, fez um trabalho muito valorizado pelo magistério."

Chalita é investigado por crimes como enriquecimento ilícito, peculato, corrupção ativa e passiva, e fraude à licitação, no período em que foi secretário de Educação, entre 2002 e 2006, nas gestões de Geraldo Alckmin (PSDB) e Cláudio Lembo (então no DEM). Apesar das denúncias, ele segue à frente da pasta na gestão Haddad.

No PMDB, há conversas da sigla com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para compor sua base governista na Assembleia Legislativa. O partido lançou candidatura adversária ao tucano nas eleições do ano passado.

Em relação à aliança PT-PMDB em nível nacional, o prefeito disse que as "coisas estão se acomodando" e as agendas dos partidos vão "convergir mais dia ou menos dia". "Daqui a pouco, as coisas se encontram melhor e nós vamos aprovar o que é necessário para o país retomar o crescimento", afirmou.

PACTO FEDERATIVO

Haddad participou na quarta-feira (17) de reunião de prefeitos com os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Os prefeitos cobraram a votação de uma série de propostas que beneficiam os municípios, como a PEC (proposta de emenda constitucional) que disciplina o pagamento de precatórios.

O prefeito disse que a PEC deve ser votada pela Câmara antes de recesso de julho, uma vez que tem o apoio de todos os partidos na Casa. Haddad afirmou que a proposta não conflita com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de obrigar o pagamento dos precatórios até o ano de 2022.

"Os credores finalmente vão receber os seus créditos depois de anos. Dá para votar, sim", afirmou.

Haddad negou que as propostas dos prefeitos tenham impactos financeiros nos cofres da União, o que poderia inviabilizar a sua aprovação pelo Congresso.

"Ninguém está propondo isso aqui. O que propusemos foi aprovar uma lei do ISS, é um direito dos municípios arrecadar, tem empresa que hoje está no limbo, não recolhe nem ICMS, nem ISS. Não é justo nem para os demais contribuintes", afirmou.

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