A defesa do consultor Flávio Lúcio Magalhães, um dos presos na décima quarta fase da Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, negou hoje (22), em depoimento na Polícia Federal (PF), ter atuado como diretor institucional da empreiteira Andrade Gutierrez. O consultor está preso na Superintendência da PF em Curitiba.
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Segundo seu advogado, Magalhães negou ter ocupado cargo de diretor ou ter pertencido ao quadro de funcionários da empresa. De acordo com as investigações, o consultor foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador financeiro da empreiteira.
Além de Magalhães, na PF estavam previstos os depoimentos de Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht; Antônio Pedro Campelo de Souza, ex-diretor da Andrade Gutierrez; e da consultora Christina Maria da Silva Jorge. A prisão deles é temporária, e o prazo vence em cinco dias.
A partir de amanhã (23), devem ser ouvidos Marcelo Odebrecht, presidente da Organização Odebrecht; João Antônio Bernardi, ex-diretor da construtora, e Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo, executivos da Odebrecht, que estão presos preventivamente:. Também será ouvido Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.
A décima quarta fase da operação foi chamada de Erga Omnes, expressão latina usada no meio jurídico para indicar que os efeitos da lei atingem a todos os indivíduos, em referência ao fato de as investigações alcançarem, mais de um ano depois de deflagrada a primeira fase da operação, as duas maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.
