Privilégios

Oposição brasileira acusa Venezuela de privilegiar aliados de Dilma

No dia último dia 18, a comissão opositora não conseguiu passar da área do aeroporto devido a um bloqueio da polícia e voltou a Brasília seis horas depois

Da Folhapress
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Publicado em 25/06/2015 às 23:00
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No dia último dia 18, a comissão opositora não conseguiu passar da área do aeroporto devido a um bloqueio da polícia e voltou a Brasília seis horas depois - FOTO: Foto: Carlos Barrios/ ABI
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Senadores da oposição brasileira acusaram nesta quinta-feira (25) a Venezuela de tratar de forma privilegiada a comitiva de parlamentares governistas que se reuniu com dirigentes políticos do país vizinho.

Eles reclamam que o governo do presidente Nicolás Maduro os recebeu de forma diferente quando foram ao país, no dia 18. A comissão opositora não conseguiu passar da área do aeroporto devido a um bloqueio da polícia e voltou a Brasília seis horas depois.

Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que esteve em Caracas na semana passada, a facilidade com que os governistas conseguiram chegar a Caracas é prova de que a presidente Dilma Rousseff apoia o governo chavista.

"Eles tiveram livre acesso ao país, cumprindo sua agenda, com total apoio do governo. Foram recepcionados como vips. Isso deixa clara a conivência do governo brasileiro com a prática bolivarianista da Venezuela."

O presidente do partido, José Agripino Maia (RN), disse que os colegas governistas foram recebidos com "tapete vermelho" e os acusou de fazer um acordo com aliados de Maduro para que ingressassem sem problemas no país.

"Eles estão surfando numa onda preparada. Nós enfrentamos uma pedreira", afirmou Agripino, que reclamou da falta de disposição do governo venezuelano em liberar os opositores presos.

"A equipe governista teve conversas de camarada com camarada, de amigo com amigo. Agora, consequência prática, não houve. Libertaram algum preso político? Deram alguma garantia democrática?".

AJUDA

Por outro lado, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-MG), considerou "ótimo" que os governistas sejam bem recebidos. Para ele, isso ajudaria a pressionar o país a fazer eleições livres.

"A nossa posição sempre foi de crítica aberta ao governo venezuelano. Para o Brasil, seria uma tragédia a situação evoluir para uma guerra", disse o tucano.

Os governistas que viajaram à Venezuela foram os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Telmário Mota (PDT-RR).

O grupo visitou familiares dos mortos nos protestos de 2014 e se reuniu com a mulher do oposicionista preso Leopoldo López, Lilian Tintori, com quem os senadores da oposição estiveram quando foram a Caracas.

Os senadores aliados de Dilma ainda foram recebidos por chavistas, como o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

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