A presidente Dilma Rousseff chamou uma reunião de urgência no Palácio da Alvorada após trechos da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa (UTC Engenharia) virem a público nesta sexta-feira (26).
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Nas negociações para acertar os termos da delação (instrumento pelo qual um investigado entrega tudo o que sabe para reduzir sua pena), o empresário citou os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secom), com quem afirma ter negociado e repassado recursos para campanhas petistas, entre elas a da própria Dilma Rousseff, em 2014.
Ao receber a convocação da presidente da República, Mercadante e Edinho se dirigiram rapidamente à residência oficial.
Ambos confirmam ter se encontrado com Ricardo Pessoa, apontado pela Lava Jato como o chefe de um "clube de empreiteiras" que desviava recursos da Petrobras, mas negam ter recebido ou tratado de recursos irregulares para as eleições.
No caso de Mercadante, a citação do empreiteiro refere-se a uma doação feita em 2010, quando o petista era candidato ao governo de São Paulo.
Nas eleições do ano passado, Edinho atuou na campanha à reeleição de Dilma como tesoureiro da então candidata.