O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou na manhã desta sexta-feira (14) a declaração do presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre um possível uso de armas contra quem tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff.
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O tucano disse que a resposta dele é que as manifestações contra o governo marcadas para este domingo (16) serão pacíficas.
"Eu quero dizer ao presidente da CUT, e principalmente aos brasileiros, que nós não vamos nos entrincheirar, nós vamos de cabeça erguida para as ruas de todo o Brasil e levando, como nossa única arma, a Constituição do Brasil", afirmou.
Aécio está em Maceió, onde lança uma campanha nacional de filiação ao PSDB.
Nesta quinta (13), em evento no Palácio do Planalto, o líder sindical afirmou que os entusiastas do impeachment são "golpistas". Se for preciso, segundo ele, os movimentos sociais irão às ruas "com arma na mão, se quiserem tentar derrubar a presidente Dilma".
"O que se vende hoje no Brasil é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e todas. Isso implica ir para a rua entrincheirados, com arma na mão, se quiserem tentar derrubar a presidente Dilma", disse Freitas.
Horas depois, o presidente da CUT disse, no Twitter, que referia-se às "armas da classe trabalhadora", que seriam "mobilização, ocupação das ruas e greve geral".
"Pegar nas armas é uma figura de linguagem que usamos em assembleias", disse.
Horas depois da fala, Freitas disse, no Twitter, que se referia às "armas da classe trabalhadora", que seriam "mobilização, ocupação das ruas e greve geral".
Aécio Neves criticou ainda que a declaração de Freitas foi dada na sede do governo e na presença de Dilma.
"Vamos responder às tentativas de intimidação com nossa manifestação clara, pacífica, mas firme e corajosa, em defesa do Brasil", afirmou Aécio.
O tucano falou em Maceió, onde participou da abertura da campanha nacional de filiação do PSDB.
RESPEITO
Após a fala de Freitas, a presidente Dilma disse que não vê "nenhum problema" nos protestos contra o Planalto, mas que espera "respeito e honra" dos adversários e defendeu o diálogo contra a "pauleira".
"Se você não respeitar o resultado do jogo, você não pode entrar no jogo", declarou.
Citando a época em que lutou contra a ditadura no Brasil, a petista disse que não vai defender qualquer atitude contra as manifestações. "Não peçam para eu defender qualquer atitude contrária a qualquer manifestação, [por]que eu não defenderei jamais. Eu tenho que ter lealdade com a experiência histórica da minha geração. Eu sobrevivi".
"Diálogo é diálogo, pauleira é pauleira. Não faz parte do diálogo xingar a pessoa. Não pode chamar de diálogo a intolerância. Botar bomba em qualquer lugar não é diálogo", continuou Dilma, em referência aos ataques que uma médica do programa Mais Médicos sofreu nas redes sociais e à bomba caseira lançada contra o Instituto Lula há duas semanas.