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Renan nega pedido da oposição e diz que não devolverá Orçamento

Senadores e deputados se reuniram com o presidente do Senado para tentar devolver para o Executivo a proposta

Da Folhapress
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Publicado em 01/09/2015 às 18:16
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
Senadores e deputados se reuniram com o presidente do Senado para tentar devolver para o Executivo a proposta - FOTO: Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
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Senadores e deputados da oposição se reúnem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta terça-feira (1º) para pedir que ele devolva para o Executivo a proposta de Orçamento da União para 2016 com a previsão de um déficit estimado em R$ 30,5 bilhões.

Outra alternativa, defendem, é que ele peça a presidente Dilma Rousseff o envio de uma adequação ao projeto orçamentário "com parâmetros macroeconômicos que reflitam a realidade" para neutralizar o déficit anunciado.

O peemedebista afirmou que não irá devolver o projeto, mas fez um apelo ao Planalto para que o governo apresente soluções para diminuir o rombo estimado no orçamento. "Não é recomendável. Cabe ao governo propor alternativas para superação do déficit orçamentário. E o Orçamento vai tramitar no Congresso, então, não tem necessidade de devolver", afirmou Renan.

Ele se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça e disse a ela, segundo contou, que "não cabe ao Congresso resolver o problema do déficit". "Não é nosso papel", disse.

Os parlamentares afirmam que a proposta é irreal e não se sustenta. "A proposta é cheia de inconsistências e por isso vamos propor a devolução dela. Caso isso não seja possível, iremos defender que se aprove o texto da forma como está, com o déficit de R$ 30 bilhões, que é apenas o que o governo apresentou", afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

"Sob o pretexto de que não se está maquiando a realidade, o governo só mudou o blush. Há ainda um rombo oculto que a gente estima entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões", completou o tucano.

O documento levado à Renan foi construído pelas lideranças da Câmara e do Senado. Os parlamentares reclamam, principalmente, que o deficit anunciado "decorre de uma transferência de responsabilidade do poder Executivo para o Congresso Nacional, em uma nítida intenção da presidente da República de poupar-se de um desgaste político frente ao necessário corte de gastos".

Os oposicionistas também dizem que não irão pactuar com qualquer proposta de aumento de impostos que penalizem o setor produtivo e os trabalhadores.

PMDB

Em um contraponto aos partidos de oposição, que defendem a devolução da proposta orçamentária enviada pelo governo federal, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), defendeu nesta terça-feira (1) que o texto apresentado ao Congresso Nacional é realista, e não uma "peça de ficção".

Nesta quarta-feira (2), a bancada federal do PMDB, a maior da Câmara dos Deputados, irá se reunir e discutirá a proposta orçamentária. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem apostado no apoio do partido aliado para tentar reduzir o saldo negativo nas contas do governo federal.

"A proposta demonstra que o momento é difícil e, portanto, requer bom senso. O Orçamento da União veio realista, e não uma peça de ficção", disse à reportagem.

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