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Levy afirma que imposto de renda pode aumentar para reduzir déficit

O Orçamento apresentado prevê déficit primário de R$ 30,5 bilhões ?0,5% do PIB

Da Folhapress
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Publicado em 08/09/2015 às 16:17
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
O Orçamento apresentado prevê déficit primário de R$ 30,5 bilhões ?0,5% do PIB - FOTO: Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (8), em Paris, que o aumento do imposto de renda é uma possibilidade em estudo dentro do governo.

"Pode ser um caminho, é essa a discussão que gente está tendo agora e que acho que temos que amadurecer mais rapidamente", afirmou.

A declaração foi dada após uma reunião na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Questionado sobre a questão de aumento da carga tributária, Levy comparou o Brasil aos países do órgão:

"Em relação aos países da OCDE, a gente tem menos impostos sobre a renda, sobre a pessoa física do que na maior na parte dos países da OCDE. É uma coisa a pensar", disse o ministro.

O ministro afirmou ainda que o governo enviou ao Congresso um projeto de Orçamento de 2016 com déficit para obter uma "transição mais estável". "A gente mandou o Orçamento com esse desequilíbrio para permitir essa discussão que é fundamental para garantir uma transição estável, segura para a retomada do crescimento", afirmou.

O Orçamento apresentado prevê deficit primário de R$ 30,5 bilhões –0,5% do PIB. Dias depois, entretanto, a presidente Dilma Rousseff pediu à equipe econômica que persiga a meta de superavit de 0,7% do PIB.

Em meio à crise, o governo já sinalizou que pode criar novos impostos ou aumentar os vigentes. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o país precisa do aumento provisório de tributos.

O próprio Levy afirmou no sábado (5) que o governo cogita um imposto de "travessia."

Chegou a ser ventilada no Planalto a ideia da volta da CPMF –o chamado imposto do cheque, extinto em 2007 na maior derrota política do governo do ex-presidente Lula. Entretanto, o governo acabou cedendo a pressões da oposição e do empresariado e desistiu da medida.

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