Operação Lava Jato

Diretores investigados na Eletrobras estão licenciados há mais de 40 dias

O pedido de licenciamento foi feito pouco após a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade

Da Folhapress
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Publicado em 14/09/2015 às 19:05
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O pedido de licenciamento foi feito pouco após a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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Em meio às investigações de supostas irregularidades em projetos do setor elétrico, no âmbito da Operação Lava Jato, dois importantes diretores da Eletrobras pediram licença de seus cargos em 31 de julho deste ano.

O engenheiro gaúcho Valter Luiz Cardeal, considerado homem de confiança da presidente Dilma Rousseff no setor elétrico, pediu licença do cargo de diretor de Geração da holding Eletrobras.

Cardeal também se licenciou do cargo de presidente do Conselho de Administração da Eletrosul.

Já Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro Antonio Palocci, pediu licença de suas funções como diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte.

Os pedidos de licença devem se estender enquanto durarem as investigações internas na companhia.

Segundo a revista "Veja", o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, teria afirmado em delação premiada que o contrato de construção de Angra 3 foi usado por Cardeal para cobrar "doação" à campanha de Dilma no ano passado.

A Eletrobras publicou nota em 13 de julho negando as acusações e apontando que a reportagem da revista "se baseia apenas em acusações de corruptos confessos, que não apresentam provas" e que o contrato de Angra 3 "tem sido objeto de acusações não aprovadas há algum tempo".

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", Cardeal afirmou que Pessoa mentiu em seu depoimento. "Não mandei nada. É uma calúnia safada. É claro que ele (Pessoa) está mentindo. Sou um homem de bem, nunca fiz nada errado. Mais honesto que eu não existe, só igual", disse Cardeal.

O pedido de licenciamento foi feito pouco após a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade, que teve como alvo a Eletronuclear, subsidiária de energia nuclear da Eletrobras.

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