Seguindo conselhos do ex-presidente Lula de dar mais espaço para o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, a presidente Dilma Rousseff sinalizou que vai negociar com o partido a indicação de pelo menos três nomes para compor seu novo ministério, que deve perder dez pastas, e atender, além de Temer, os grupos do Senado e da Câmara dos Deputados. A informação foi publicada na tarde deste sábado pela Folha de S.Paulo, em seu site.
De acordo com a reportagem, a presidente teme que o maior partido da base, fundamental para sustentação da petista, rompa com o Palácio do Planalto, abrindo espaço para a aprovação na Câmara de um pedido de afastamento da petista.
A ministra Kátia Abreu, da Agricultura , senadora pelo PMDB, entrou em contato com peemedebistas e transmitiu o desejo da presidente de negociar a indicação de nomes ligados ao vice-presidente, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e ao líder do partido na Câmara, deputado federal Leonardo Picciani (RJ), apurou a Folha. Deixando de lado nomes próximos ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também peemedebista, opositor formal da administração de Dilma.
Até o início da tarde deste sábado (19), a presidente Dilma não tinha conversado diretamente com o vice Michel Temer, que estava em viagem na Rússia e só voltou na sexta-feira(18), nem os demais líderes envolvidos foram tiveram reunião com a presidente.