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País passa por dificuldades, mas luto pela volta do crescimento, diz Dilma

De acordo com Dilma, o objetivo é que o país volte a gerar empregos

Da Folhapress
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Publicado em 14/10/2015 às 14:35
Foto: Presidência da República
De acordo com Dilma, o objetivo é que o país volte a gerar empregos - FOTO: Foto: Presidência da República
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O governo federal vai lutar 'todos os dias' para que o país volte a crescer e a gerar emprego. A afirmação foi feita pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (14) em São Carlos (a 232 km de São Paulo), onde a petista esteve para a entrega de 806 casas do Minha Casa, Minha Vida no conjunto habitacional Planalto Verde.

De acordo com Dilma, que estava acompanhada dos ministros Edinho Silva (Comunicação Social), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura), o objetivo é que o país volte a gerar empregos na "quantidade necessária para que todos os brasileiros tenham uma vida melhor, para que todas as famílias tenham uma vida melhor".

"Nós estamos passando hoje por um período de dificuldades, esse período de dificuldades faz com que a gente tenha de fazer esforços, que a gente tenha de tomar medidas, apertar um pouco o cinto, mas uma coisa eu garanto para vocês. Não vamos deixar de garantir o Minha Casa, Minha Vida. Tanto este [etapa], que é a 2, como a 3. Além disso, quero aproveitar e dizer para vocês que nós estamos tomando todas as medidas para que a gente recupere o crescimento econômico do país, gere mais empregos, garanta renda e continue fazendo algo que eu considero que é o mais importante para o nosso pais, que é garantir aquilo que a gente distingue um governo. Um governo que olha para a sua população", disse a presidente.

Dilma disse ainda que o governo federal recorreu ao dinheiro que arrecada dos tributos para garantir que as famílias tivessem acesso à casa própria. "Porque antes vocês não tinham como pagar a casa própria, porque os recursos não eram destinados a fazer e a cumprir o sonho que é o sonho de ter um lar."

O evento teve clima totalmente favorável à petista, com membros da CUT, bandeiras do PT e cartazes com a inscrição "Dilma, mãe do Brasil".

O prefeito de São Carlos, o tucano Paulo Altomani, foi vaiado por parte dos presentes.

"LONGA DISTÂNCIA"

Após começar, em agosto, a escalar ministros e a presidente da Caixa, Miriam Belchior, para a entrega de imóveis do Minha Casa, Minha Vida, a presidente Dilma Rousseff agora tem feito, também, a "entrega virtual de longa distancia".

A ofensiva, uma das tentativas de recuperar a popularidade da petista, surgiu um dia após o governo federal anunciar o corte de dez ministérios, cujo total acabou reduzido depois para oito.

A ação inicial contou com a entrega de imóveis nas cidades paulistas de Catanduva, Araraquara, Araras e Mauá, todas dentro de um mesmo Estado, por meio de link televisivo, e repetiu a estratégia em outros locais, como Presidente Prudente (a 558 km de São Paulo).

Já nesta quarta-feira, a entrega simultânea envolveu municípios de três Estados, num total de 3.422 moradias. Além das 806 casas em São Carlos, foram entregues mil unidades em Leme e 384 em Itanhaém, ambas em São Paulo, 832 em João Monlevade (MG) e 400 em Campo Formoso (BA).

Por duas vezes em seu discurso, Dilma se referiu à cidade baiana como "Campo Bonito". Também chamou Ibaté, cidade vizinha a São Carlos, de Ibatê.

Segundo o Ministério das Cidades, o investimento total nos empreendimentos chega a R$ 370 milhões e serão beneficiadas 13.688 pessoas.

A petista já havia feito isso também quando esteve em Caucaia (CE), de onde entregou casas à distância para moradores de outros três Estados (Pará, Tocantins e Pernambuco).

"SEM MORAL"

Na noite desta terça-feira (13), Dilma protagonizou um dos discursos mais duros desde que foi reeleita, em outubro do ano passado. A presidente criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.

Ela não citou nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, e disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.

"Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?" discursou, sendo aplaudida de pé por uma plateia de mais de 2.000 sindicalistas e militantes simpáticos ao governo, na abertura do 12º Congresso da CUT, na capital paulista.

Seu discurso durou 37 minutos e foi interrompido seis vezes sob aplausos e gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, guerreira do povo brasileiro".

Os dizeres são semelhantes aos protagonizados por apoiadores da petista em Presidente Prudente, no mês passado, também na entrega de moradias populares.

Com 11 mil pessoas no evento, segundo a Secom (Secretaria de Comunicação Social), Dilma fez discurso em clima de campanha, com ataque à oposição e ao que considera tentativa de golpe, interrompido por gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, eu te amo" de militantes petistas, membros do MST, famílias beneficiadas com imóveis e integrantes de centrais sindicais.

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