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Ante Lava Jato, 'mensalão teria que ir para Pequenas Causas', diz Gilmar Mendes

Mendes citou o caso de "um ex-diretor da Petrobras que devolveu US$ 100 milhões"

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 16/10/2015 às 16:35
Foto: Pedro França/Agência Senado
Mendes citou o caso de "um ex-diretor da Petrobras que devolveu US$ 100 milhões" - FOTO: Foto: Pedro França/Agência Senado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta sexta feira (16) que "hoje, pelos números do escândalo na Petrobras, o Mensalão teria que ser julgado em juizado de pequenas causas".

Durante seminário de combate e controle da corrupção no Brasil em Cuiabá, o ministro demonstrou perplexidade com os valores que a Operação Lava Jato descobriu no esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.

Mendes citou o caso de "um ex-diretor da Petrobras que devolveu US$ 100 milhões", referindo ao ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da estatal Pedro Barusco - que fez delação premiada e espontaneamente devolveu a quantia que confessou ter recebido em propinas.

"É quase o valor do Mensalão", observou Mendes. A Lava Jato constatou que o rombo na Petrobras chega a quase R$ 20 bilhões. Em seu balanço, a estatal aponta R$ 6,2 bilhões desviados.

O ministro do STF também fez referência ao fato de o PT ter apoiado o veto ao financiamento de empresas nas eleições. "O partido do governo está virando Madre Teresa de Calcutá. Antes, parte dos recursos da Petrobras o financiou. Agora, quer financiamento público, contribuição do cidadão mais pobre", declarou. "Conversão estranha do partido do governo", ironizou.

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