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O juiz federal Sergio Moro condenou nesta quinta-feira (29) o ex-deputado federal Pedro Corrêa à prisão por crimes de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em ação da Operação Lava Jato.
Preso no Paraná desde abril, Corrêa, que foi deputado pelo PP de Pernambuco até 2006, já havia sido condenado também no processo do mensalão. Ele negocia um acordo de delação premiada.
Também foram condenados por Moro o ex-secretário parlamentar Ivan Vernon Gomes Torres Júnior e o operador Rafael Ângulo Lopez, delator da operação.
O juiz absolveu Fábio Corrêa, filho do ex-deputado, e Márcia Danzi Russo Corrêa, sua nora -eles haviam sido denunciados por lavagem.
A sentença estabelece pena de 20 anos e sete meses para Corrêa, além do pagamento de multa. Moro determinou que o início da pena seja cumprido em regime fechado. Cabe recurso à decisão.
O juiz entendeu que Corrêa recebeu R$ 11,7 milhões no esquema de corrupção na Petrobras por meio da diretoria comandada à época por Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato.
Moro ressaltou no despacho que o ex-deputado tinha antecedentes criminais e que nem a condenação no caso do mensalão freou o esquema.
"O mais perturbador em relação a Pedro Corrêa consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 [mensalão], havendo registro de recebimentos até outubro de 2012", diz o despacho.
A reportagem ainda não conseguiu localizar a defesa do ex-deputado. Em depoimento no processo, ele isentou familiares de acusações, mas disse que não confessaria crimes.