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Um dia após a abertura do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se com advogados nesta quarta-feira (4). O peemedebista ainda não definiu a equipe que fará sua defesa no colegiado, mas vem conversando com vários advogados, entre eles o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek, com o intuito de traçar uma estratégia inicial de defesa no Conselho.
O presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), vai anunciar nesta quarta-feira (4) o escolhido entre os três sorteados ontem para relatar o caso. Entre Zé Geraldo (PT-PA), Vinícius Gurgel (PR-AP) e Fausto Pinato (PRB-SP), o último tem maiores chances de ser o indicado. O processo de Cunha é fruto da representação assinada pelo PSOL e Rede Sustentabilidade, partidos que acusam o peemedebista de ter mentido à CPI da Petrobras ao declarar que não tinha contas bancárias no exterior.
A decisão final sobre a relatoria do caso deve acontecer após uma conversa entre Araújo e o líder do PRB na Casa, o deputado Celso Russomanno (SP), postulante à Prefeitura de São Paulo. Entre o petista e o cabo eleitoral da campanha de Cunha para a presidência da Câmara, os aliados de Araújo dizem que não sobrou outra opção ao presidente do Conselho. "É uma escolha por eliminação", disse um conselheiro ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.
Cunha chegou hoje à Casa e não falou com os jornalistas. O encontro com advogados não consta da agenda oficial. Nessa terça-feira (3), o peemedebista disse que não comentaria o sorteio dos candidatos a relator no Conselho de Ética e não adiantaria sua estratégia de defesa. "Vou provar que não faltei com a verdade", respondeu na ocasião.