São Paulo

Manifestantes protestam contra ajuste fiscal e permanência de Cunha

Grupos se posicionam a favor da saída do presidente da Casa, além de protestar contra a agenda que ele tem defendido nas votações da Casa

Júlio Cirne
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Júlio Cirne
Publicado em 08/11/2015 às 15:57
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Grupos se posicionam a favor da saída do presidente da Casa, além de protestar contra a agenda que ele tem defendido nas votações da Casa - FOTO: Reprodução/Twitter @j_livres
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Convocados para protestar contra o projeto de lei 5.069, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manifestantes reunidos neste domingo (8) na avenida Paulista, em São Paulo, militam contra o ajuste fiscal e contra a permanência de Cunha na Presidência da Câmara dos Deputados.

Organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne cerca de 30 organizações de esquerda, o protesto começou com a ocupação dos dois sentidos da avenida, na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) e se dirige ao bairro Paraíso.

De acordo com o tenente Renan Chammas de Araújo, da Polícia Militar, 600 pessoas ocupam a área. Ele ressalta que o número inclui os frequentadores da feira em frente ao museu e as pessoas que transitam pela avenida Paulista. Segundo a organização, são 20 mil manifestantes.

Os cartazes contra o PL 5.069 são minoria entre as bandeiras do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros).

Entre outras medidas, o projeto dificulta o aborto legal e restringe a venda de medicamentos abortivos no país. Para movimentos sociais, a proposta poderia impedir até mesmo a venda da pílula do dia seguinte.

Em seu discurso, Guilherme Boulos, lider do MTST e colunista da Folha de S.Paulo, chamou Cunha de "sem-vergonha", criticou o ajuste fiscal e o fechamento de escolas em São Paulo pela administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele afirmou que a pauta contrária ao ajuste fiscal não tem " relação direta" com o PL 5.069.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que também discursou, abriu a sua fala criticando Eduardo Cunha e o processo contra seu correligionário Chico Alencar, líder do partido e um dos principais articuladores da ação que pede a cassação do mandato do peemedebista.

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