Investigação

Defesa de Bumlai recorre ao STF com pedido de liberdade

Apontado como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bumlai foi preso em 24 de novembro na 21ª fase da operação Lava Jato

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 07/12/2015 às 19:50
Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF
Apontado como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bumlai foi preso em 24 de novembro na 21ª fase da operação Lava Jato - FOTO: Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF
Leitura:

A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai recorreu nesta segunda-feira, 7, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo pedido para que ele seja libertado. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.

Apontado como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bumlai foi preso em 24 de novembro na 21ª fase da operação da Polícia Federal que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Ele é suspeito de ter participado de uma operação fraudulenta em que um contrato da estatal serviu para saldar uma dívida do PT. 

A prisão do pecuarista foi decretada pelo juiz Sergio Moro sob o argumento de que Bumlai "poderá recorrer a novos expedientes fraudulentos para acobertar a verdade" e porque há um "natural receio" de que o pecuarista poderia utilizar seu nome "para obstruir ou para interferir na investigação ou na instrução". Além disso, em fundamento não previsto em lei, a prisão preventiva seria necessária para impedir danos "à reputação do ex-presidente".

"Nenhum dos argumentos suscitados para a decretação da prisão resiste a uma reflexão serena, minimamente distanciada do clamor público", afirma a defesa de Bumlai no documento enviado ao STF. De acordo com a defesa, "presságios, temores e receios de risco à instrução criminal pelo que alguém 'poderia' fazer (conquanto jamais o tenha feito) não se prestam a justificar uma prisão preventiva".

Na semana passada, o ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de habeas corpus liminar para libertar o pecuarista. O empresário está detido de maneira preventiva na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Com a prisão dele, as investigações da Lava Jato avançam sobre negócios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O pecuarista foi preso no dia 24 de novembro em um hotel em Brasília, onde havia se hospedado no dia anterior para prestar, no dia seguinte, depoimento à CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados.


Últimas notícias