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Jorge Picciani diz que Temer usou máquina do governo para manter aliança PMDB/PT

Picciani liderou no Rio de Janeiro a dissidência que apoiou o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) para presidente

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/12/2015 às 11:50
Foto: Romério Cunha VPR
Picciani liderou no Rio de Janeiro a dissidência que apoiou o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) para presidente - FOTO: Foto: Romério Cunha VPR
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O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, um dos líderes do movimento contra o impeachment da presidente da República, reagiu nesta terça-feira (8) à carta enviada pelo vice presidente Michel Temer (PMDB) a Dilma Rousseff em que se queixa de falta de relevância no governo. 

"Já vi de tudo na história do Brasil, mas nunca uma carta nesse nível. Essa carta é incompreensível. Fico surpreso em ver como alguém que se sentia figurativo por quatro anos brigou para manter a aliança com o PT na eleição de 2014 e continuar figurativo. Ele (Temer) lutou duramente para continuar vice. Usou a máquina do governo para manter a aliança", disse Picciani, lembrando que a permanência do PMDB na aliança com o PT foi aprovada por maioria estreita na convenção do PMDB, com 59%, em junho de 2014. 

Picciani liderou no Rio de Janeiro a dissidência que apoiou o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) para presidente, mas sustenta a tese de que a vitória de Dilma deve ser respeitada e que não há fundamento para o impedimento. O presidente do PMDB-RJ e seu filho Leonardo Picciani, líder do partido na Câmara, são citados na carta do vice a Dilma. 

Temer reclamou que Dilma negociou com os Picciani o espaço do PMDB na reforma ministerial sem ouvi-lo. Jorge Picciani evitou falar em um possível movimento para destituir Leonardo da liderança capitaneado pelo grupo de deputados pró-impeachment. "Leonardo age em nome da maioria da bancada. O que nos move é a democracia. A minoria só vence a maioria em filme de Kung Fu", afirmou.

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