OPERAÇÃO LAVA JATO

Supremo autoriza quebra de sigilos fiscal e bancário de Cunha, mulher e filha

Os três são investigados por suspeita de terem mantido contas na Suíça, que seriam usadas para receber recursos desviados da Petrobras

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/01/2016 às 10:48
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Os três são investigados por suspeita de terem mantido contas na Suíça, que seriam usadas para receber recursos desviados da Petrobras - FOTO: Foto: Lula Marques/Agência PT
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O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da sua esposa, Cláudia Cruz, e da filha do parlamentar Danielle Dytz. Os três são investigados por suspeita de terem mantido contas sigilosas na Suíça, que seriam usadas para receber recursos desviados da Petrobras.

O ministro acatou um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo. Os investigadores acreditam que, com a medida, poderão colher informações sobre possíveis irregularidades nas movimentações financeiras do presidente da Câmara e da família dele. 

A PGR também quer avaliar se pessoas próximas ao deputado, mas que ainda não são alvo de investigação, também estão envolvidas nos supostos crimes investigados.

De acordo com investigações do Ministério Público suíço, os recursos atribuídos ao presidente da Câmara circularam por pelo menos 23 contas bancárias no exterior. Entre saques e depósitos que abasteceram quatro contas em nomes de offshores que têm o deputado como beneficiário, os ativos transitaram por bancos em Cingapura, Suíça, Estados Unidos e Benin.

Essas informações, que já foram submetidas à PGR, ajudaram a justificar a operação de busca e apreensão nas casas e sedes de empresas de Cunha em dezembro passado. A operação, autorizada pelo Supremo, apreendeu, além do celular do parlamentar, diversos documentos bancários que relacionam Cunha ao corretor de valores Lúcio Funaro, investigado no mensalão, em 2005. O presidente da Câmara nega as irregularidades.


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