Leia Também
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se descreveu como "um cara de esquerda", pragmático e realista, mas avaliou que a presidente Dilma Rousseff "é muito mais de esquerda" que ele. "Ela tem uma formação ideológica mais consolidada", avaliou, ao ser questionado por blogueiros se adotará uma postura mais definida em prol dos movimentos sociais e menos concessões ao mercado como fez em sua "Carta ao Povo Brasileiro", de 2002.
O petista afirmou que, em toda sua trajetória política, sempre teve coerência. "Se você pegar um discurso meu de 1989 e outro de 2009, vai perceber coerência", disse, afirmando nunca ter mudado de lado ou de personalidade. "Eu sempre tive lado. Sei de onde vim, fui presidente e voltei para o mesmo lugarzinho onde estava"
Lula respondeu também que não vai "descansar" ou se afastar da vida pública. "Não esperem que eu morra sentado em casa. Vou morrer ou em um comício ou em um aeroporto, em casa esperando a morte chegar, não vou morrer", afirmou. "Para mim, ociosidade é uma desgraça".
Entre as coisas que o motivam, o petista apontou a necessidade de muitas coisas serem feitas no País. Lula fez críticas o preconceito dos mais ricos com os mais pobres. "Quando fui presidente, tinha consciência do problema de que era um estranho no ninho, de que aquilo não tinha sido feito para um operário chegar lá", comentou. O presidente fez as declarações no Instituto Lula, em São Paulo.