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Associação Nacional de Juízes Federais e Promotores da Lava Jato defendem Sérgio Moro

Representantes leram manifestos de apoio durante ato em Curitiba

Estadão Conteúdo
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Publicado em 17/03/2016 às 15:03
Foto: Fábio Pozzebon/ABr
Representantes leram manifestos de apoio durante ato em Curitiba - FOTO: Foto: Fábio Pozzebon/ABr
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Representantes da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e os promotores que participam da Operação Lava Jato leram no começo da tarde desta quinta-feira, 17, manifestos de apoio ao juiz Sérgio Moro, durante ato em Curitiba. O juiz Nicolau Couto leu um documento no qual a Ajufe expressa total apoio à independência de Moro e de todos os magistrados federais que atuam na Lava Jato.

"A construção de uma sociedade livre exige um Judiciário forte e independente, e para isso é preciso assegurar aos juízes a liberdade de decidir conforme seu entendimento", afirma o texto.

Couto diz que a associação está vigilante a tentativas temerárias de ingerência nas decisões judiciais por outros meios que não os estabelecidos na ordem jurídica. Ele lembrou que o sistema judicial prevê meios pelos quais as decisões podem ser impugnadas, se for o caso. 

"A Justiça brasileira tem uma história centenária, pautada na defesa dos direitos dos cidadãos e da ordem democrática". Segundo ele, os juízes jamais aceitarão retrocessos, especialmente via intimidações para atender "determinadas situações especiais".

Já o procurador da República Deltan Dallagnol lembrou que as decisões de Moro foram proferidas a pedido do Ministério Público, que assume a responsabilidade pela condução das investigações. "A força das investigações da Lava Jato deriva da busca da verdade e da Justiça, com base em princípios e regras compartilhados com a sociedade e estabelecidos pela Constituição. O Ministério Público e a Justiça não se amedrontarão e darão fiel cumprimento à Constituição e às leis", afirmou.

"Reafirmamos nossa confiança nas instituições democráticas, no funcionamento do Judiciário e no princípio republicano, no primado de que todos são iguais perante a lei", acrescentou o procurador.

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