Os Estados Unidos expressaram preocupação sobre as ameaças contra o cessar-fogo na Síria, nesta segunda-feira (11), em meio a informações de que as tropas do governo apoiadas pela Rússia estão planejando uma ofensiva.
Leia Também
A tensão aumentou em torno da cidade de Aleppo (norte), onde uma variedade de facções rebeldes estão combatendo as forças leais ao presidente Bashar Al-Assad.
No domingo, o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, advertiu que o regime e seus "parceiros russos" estavam preparando uma ofensiva para retomar a cidade.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, declarou que o secretário de Estado, John Kerry, havia ligado no domingo para o ministro russo das Relações Exteriores, Seguei Lavrov para expressar sua preocupação.
"Nós estamos muito, muito preocupados sobre o recente aumento da violência. E isso inclui ações que nós acreditamos estarem em contradição com o cessar das hostilidades", declarou Toner.
Embora o cessar-fogo de 27 de fevereiro tenha sido em grande parte respeitado, grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI) e o Frente Al-Nusra, braço armado da Al-Qaeda, são vistos como um jogo justo.
Aleppo é o reduto de uma variedade de forças rebeldes, contudo, Washington tem preocupações de que uma ofensiva apoiada pela Rússia contra a Frente Al-Nusra possa também alcançar alvos de facções moderadas.
Isto poderia causar o colapso do cessar-fogo e até mesmo descarrilhar o processo político mediado pela ONU, que deve ser retomado na quarta-feira, em Genebra.
"Uma das coisas que o secretário reforçou bastante em sua conversa telefônica ontem com o ministro russo das Relações Exteriores é que precisamos estar certos de que estamos trabalhando para determinar onde está localizado cada grupo", declarou Toner.
"Nós falamos sobre o fato de que todos precisamos focar no EI e na Al-Nusra, mas nós não podemos ter uma sobreposição e não podemos fazer violações contra os grupos que aceitaram o cessar-fogo".