PLENÁRIO

Deputado Silvio Costa diz estar com 'nojo' de Temer

Costa acusou Temer e seus aliados de usarem lista de cargos para negociar com parlamentares

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 16/04/2016 às 16:53
Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
Costa acusou Temer e seus aliados de usarem lista de cargos para negociar com parlamentares - FOTO: Foto: Edmar Melo/ JC Imagem
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Vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmou neste sábado, 16, que está com "nojo" do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Em discurso no plenário da Casa, o parlamentar acusou o peemedebista de estar conspirando contra Dilma há dois anos.

"Eu até gostava dele, cheguei a beber vinho com ele, mas agora não tenho outra palavra para esse cara a não ser nojo", afirmou Costa. Segundo ele, Temer começou a conspirar contra Dilma quando assumiu a articulação política e, em seguida, quando indicou Eliseu Padilha, seu aliado, para o cargo.

O vice-líder acusou Temer e seus aliados de usarem a lista de cargos que conseguiram quando ainda estavam na articulação política para negociar apoio de parlamentares ao impeachment da presidente. "Esse cara (Temer) está querendo arrancar o mandato da presidente Dilma sem ela ter cometido crime", disse.

Vítima do ódio e da vingança

Silvio Costa afirmou ainda que o processo de impeachment da petista analisado pela Câmara é vítima de ódio e vingança do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Os 513 deputados aqui sabem que Eduardo Cunha disse: eu vou cair, mas antes vou derrubá-la. Aí ele começou essa conspiração", disse. 

Para o vice-líder do governo, esse é o julgamento "mais injusto do Brasil". Ele disse ainda que, se o impeachment for aprovado, esse será o segundo momento de tortura que parte da elite brasileira está fazendo com Dilma nos últimos 40 anos. O primeiro, afirmou, foi quando ela foi torturada na ditadura militar.

"Não é justo fazer isso com a presidente", declarou Silvio Costa, lembrando que Dilma foi eleita por 54 milhões de brasileiros e não cometeu nenhum crime. "Como é que a gente vai explicar isso na história?", questionou.

 

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