Impeachment

PSDB correrá risco de apoiar Temer, diz Aécio

Para o presidente tucano, Temer terá apoio necessário no Congresso para promover uma dura reforma no país

Da Agência Brasil
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Publicado em 11/05/2016 às 23:38
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O presidente Nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), confirmou hoje (11) que a legenda vai “correr o risco” de apoiar o governo do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), caso o Senado aprove a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

VEJA COBERTURA ESPECIAL

Para o presidente tucano, Temer terá apoio necessário no Congresso para promover uma “dura reforma” no país.

Geraldo Magela/Fotos Públicas
Lista dos senadores que falarão na sessão da aceitabilidade do processo de impeachment - Geraldo Magela/Fotos Públicas
Senadores votam aceitabilidade do processo de impeachment da presidente Dilma -
Renan Calheiros é presidente do Senado -
Senador Aécio Neves (PSDB) é a favor do impeachment da presidente Dilma -
Senadora Gleisi Hoffmann pediu a anulação do processo, mas não foi atendida -
Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB-PB) observam discurso de Lúcia Vânia (PSB-GO) -
Jane de Araújo/Fotos Públicas
Senadora Regina Sousa (PT-PI) durante a sessão do impeachment - Jane de Araújo/Fotos Públicas
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Senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE); Alves (PR-TO);Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Bancada: senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Eunício Oliveira (PMDB-CE), Vicentinho Alves (PR-TO), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMD - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
Pedro França/Fotos Públicas
Pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS) - Pedro França/Fotos Públicas
Pedro França/Fotos Públicas
Senador José Agripino (DEM-RN) e senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) - Pedro França/Fotos Públicas

“Temos duas alternativas: talvez a mais cômoda, confortável, a da omissão, de dizer que não é conosco, que este [novo] governo é composto pelas mesmas figuras que combatemos ontem. A outra é a opção de correr riscos, assumir desgastes e ajudar o Brasil a enfrentar essa crise”, argumentou Aécio Neves. “Vamos pagar o preço? Vamos e estamos preparados para isso. Vamos apoiar o governo Michel, mas em torno de uma agenda”, acrescentou.

Para o senador mineiro, derrotado por Dilma Rousseff nas últimas eleições presidenciais, o país precisa “regularizar as relações trabalhistas”, promover reformas “urgentes” do sistema político e previdenciário, além de profissionalizar a atuação das agências reguladoras e a gestão dos fundos de pensão.

“Então, essa agenda dura, com uma base sólida que acredito que existe hoje no Congresso Nacional, pelo menos na largada, no início desse governo, pode ser a grande oportunidade para o Brasil viabilizar algumas dessas reformas e, pelo menos, encaminhar outras. A expectativa é muito grande”.

Defesa do governo Dilma

De acordo com a senadora Gleisi Hofmann (PT-PR), o PT seguirá lutando nos próximos 180 para tentar barrar a confirmação do impeachment. Segundo ela, estão “forçando a barra” e é possível reverter o afastamento de Dilma na discussão do mérito.

“É uma pena, mas tenho certeza de que vamos reverter isso na discussão de conteúdo, que vai ocorrer depois dessa sessão”, afirmou Gleisi. A senadora confirmou que os senadores petistas estarão ao lado de Dilma quando ela for notificada do afastamento.

A petista acrescentou que os partidos de esquerda farão a defesa intransigente “das conquistas” dos 13 anos de governo Lula e Dilma. “Não vamos incendiar o país, mas resistir para que esses direitos sociais conquistados nos últimos anos não voltem atrás, não retrocedam.”

“Vamos defender o legado e as conquistas sociais dos trabalhadores. Não vamos apoiar, não há hipótese de apoiar redução de despesas em cima de educação e saúde. São conquistas preciosas para a sociedade. Não vamos apoiar reduzir o Bolsa Família para os 5% mais pobres da população.”

Para Gleisi, o futuro governo Temer é “ilegítimo” e entrará no Palácio do Planalto “pela porta dos fundos”. “Ele [Temer] ajudou, conspirou e interviu para que houvesse o início do processo de impeachment da presidenta”, concluiu a senadora paranaense.

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