IMPEACHMENT

Serra considera impeachment ''remédio amargo'', mas necessário

O tucano ressaltou que o afastamento de Dilma é resultado da insensatez da própria presidenta e do PT

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Publicado em 12/05/2016 às 6:40
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Cotado para assumir o Ministério das Relações Exteriores no eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), o senador José Serra (PSDB-SP) disse nesta quinta-feira (12) que o impeachment da presidente Dilma Rousseff se impõe como um “remédio amargo”, mas essencial. O tucano ressaltou a legalidade do impeachment e afirmou que o afastamento de Dilma é resultado da “insensatez” da própria presidenta e do PT.

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“Sou a favor do impeachment sem nenhuma alegria, nenhuma comemoração. O impedimento é um processo arrastado, penoso, causa constrangimentos pessoais, produz até alianças estranhas, representa uma quase tragédia para o país. Deveríamos, de toda maneira, buscar evitá-lo, se pudéssemos e se fossem outras as circunstâncias. Agora, esse impedimento se impõe como um remédio amargo, mas essencial”, discursou Serra.

Para o tucano, além das razões citadas na denúncia que motivou a abertura de processo de crime de responsabilidade, a baixa popularidade de Dilma e os maus resultados da economia tornam o impeachment a melhor e única saída para o país. “A continuidade do governo Dilma seria um tragédia maior. Duvido que alguém nesse plenário ache que chegaríamos a 2018 sem que a situação se deteriorasse de maneira insuportável.”

Em seu discurso, Serra lembrou o “derretimento” da produção, do emprego, das condições sociais de vida da população, da moral do mundo político, a exacerbação dos conflitos dentro e fora da política e o risco de um colapso do Estado Democrático de Direito como razões para o afastamento.

“Existem indícios de crimes de responsabilidade. e eles não deixam outra saída senão o afastamento. E a presidenta não está sendo derrubada por seus adversários, por cartórios organizados, por grupo de conspiração. Ela está sendo destituída pela marcha da insensatez que ela própria e o seu partido deflagram a partir do seu primeiro mandato.”

O tucano ainda acusou Dilma e o PT de praticar “estelionato eleitoral” e de não cumprir o programa apresentado durante a eleição presidencial de 2014.

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Lista dos senadores que falarão na sessão da aceitabilidade do processo de impeachment - Geraldo Magela/Fotos Públicas
Senadores votam aceitabilidade do processo de impeachment da presidente Dilma -
Renan Calheiros é presidente do Senado -
Senador Aécio Neves (PSDB) é a favor do impeachment da presidente Dilma -
Senadora Gleisi Hoffmann pediu a anulação do processo, mas não foi atendida -
Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB-PB) observam discurso de Lúcia Vânia (PSB-GO) -
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Senadora Regina Sousa (PT-PI) durante a sessão do impeachment - Jane de Araújo/Fotos Públicas
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Senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE); Alves (PR-TO);Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Bancada: senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Eunício Oliveira (PMDB-CE), Vicentinho Alves (PR-TO), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMD - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS) - Pedro França/Fotos Públicas
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Senador José Agripino (DEM-RN) e senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) - Pedro França/Fotos Públicas

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