Operação Turbulência

Foragido da Operação Turbulência, Paulo Morato morreu após ingerir chumbinho

Comando das investigações não esclareceu se ele tomou "chumbinho" por conta própria ou se alguém o envenenou

JC Online
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Publicado em 30/06/2016 às 16:45
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Atualizada às 17h14

O empresário Paulo Morato, encontrado morto no dia 22, no motel Tititi, em Olinda, morreu após ingerir uma substância chamada de organofosforados, mais conhecida como "chumbinho" de rato, caracterizando a morte por envenenamento. A confirmação foi repassada na tarde desta quinta-feira (30) pelo médico legista que assinou o laudo da morte, versão corroborada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, através de nota divulgada à imprensa.

As investigações, porém, ainda não esclareceram as circunstâncias da morte; se o próprio Morato ingeriu a substância ou se ele foi envenenado por outra pessoa. A SDS havia marcado uma coletiva com a chefe da Polícia Científica para falar sobre o caso, mas cancelou a entrevista de última hora.

A confirmação da causa da morte foi repassada por intermédio da assessoria de imprensa da secretaria, com a distribuição de uma nota breve e bastante técnica para os jornalistas.



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O resultado dos exames realizados em parte das vísceras do corpo do empresário, que foi levada para análise no estado da Paraíba, já foi entregue ao secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho.

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Local onde o corpo do empresário foi encontrado - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Polícia Civil deixou o local sem dar entrevista - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Foi realizada uma perícia no local - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Hotel Tititi fica localizado na Perimetral Norte, em Olinda - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Peritos foram ao local assim que funcionários do motel ligaram avisando da morte - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Corpo foi levado para perícia no IML - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Na terça-feira (21), a Polícia Federal prendeu quatro empresários na Operação Turbulência - Alexandre Gondim/JC Imagem
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Na terça-feira (21), a Polícia Federal prendeu quatro empresários na Operação Turbulência - Alexandre Gondim/JC Imagem
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Na terça-feira (21), a Polícia Federal prendeu quatro empresários na Operação Turbulência - Alexandre Gondim/JC Imagem
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Na terça-feira (21), a Polícia Federal prendeu quatro empresários na Operação Turbulência - Alexandre Gondim/JC Imagem
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Carros de luxo foram apreendidos dos presos - Alexandre Gondim/JC Imagem

 

MORTE - O empresário Paulo Cesar de Barros Morato, que era foragido da Polícia Federal após a Operação Turbulência, foi encontrado morto no motel Tititi, no bairro de Sapucaia, em Olinda, no dia 22 de junho. Ele é citado como proprietário de uma empresa fantasma de locação e terraplenagem chamada Câmara & Vasconcelos. 

O esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 600 milhões, do qual Paulo Morato fazia parte, pode ter irrigado campanhas eleitorais do ex-governador Eduardo Campos (PSB), segundo a Polícia Federal.

O socialista morreu em acidente aéreo durante a campanha presidência de 2014. O jatinho no qual viajava pode ter sido adquirido fruto do esquema de lavagem de dinheiro, também de acordo com o inquérito. Outros quatro empresários estão presos.

CONFIRA A NOTA DA SDS:

"A GERÊNCIA GERAL DE POLÍCIA CIENTÍFICA INFORMA QUE FORAM CONCLUÍDOS, ALÉM DO EXAME DE DNA, OS EXAMES HISTOPATOLÓGICO E TOXICOLÓGICO NAS VÍSCERAS DE PAULO CÉSAR DE BARROS MORATO, TENDO SIDO CONSTATADA, NESTE ÚLTIMO, COMO CAUSA DA MORTE: INTOXICAÇÃO EXÓGENA POR ORGANOFOSFORADO.

RESTAM SER CONCLUÍDAS A PERÍCIA DAS IMAGENS, PAPILOSCOPIA, QUÍMICA, TANATOSCÓPICA E LOCAL DE MORTE A ESCLARECER, AS QUAIS SERÃO FINALIZADAS E ENCAMINHADAS À POLÍCIA CIVIL NO PRAZO DE DEZ DIAS."

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