O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (1º), que não tem mais ligação com nenhuma empresa, incluindo a J&F, na qual presidiu o conselho consultivo a partir de 2012. A declaração do ministro foi dada durante entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e à Rádio Estadão.
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A J&F é controladora de diversas empresas, entre elas o frigorífico JBS e a fábrica de celulose Eldorado Brasil. Nesta sexta-feira (1º), a Polícia Federal deflagrou a Operação Sépsis, nova fase da Lava Jato, que inclui buscas na Eldorado. A operação foi deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu fui do conselho consultivo (da J&F), fui do conselho de diversas empresas, participei de uma série de conselhos. Mas não tenho mais nada com nenhuma dessas empresas. O processo de desligamento foi normal, rigoroso, com cuidado, feito assim que fui convidado (para assumir o Ministério da Fazenda) e aceitei", disse Meirelles.
Eldorado
A Eldorado Brasil confirma que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em suas dependências nesta manhã, em São Paulo, mas diz "desconhecer as razões e o objetivo desta ação".
Por meio de nota, a fabricante de celulose do grupo J&F, afirma que prestou todas as informações solicitadas e que "sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade".
A Polícia Federal está na manhã desta sexta-feira nas dependências da J&F, holding que controla as empresas JBS, Alpargatas, Vigor, Eldorado Brasil, Banco Original, Oklahoma e Canal Rural.
A J&F foi citada em delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto. De acordo com ele, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu propinas em 12 operações de grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do FI-FGTS.