Começou há pouco a reunião da Comissão Processante do Impeachment no Senado destinada a ouvir a presidenta Dilma Rousseff. Na terça-feira (5), por meio do Twitter, Dilma já tinha confirmado que não viria, mas que mandaria uma carta de defesa escrita para ser lida por seu advogado, José Eduardo Cardozo. “Estamos avaliando a minha ida ao plenário do Senado, em outro momento”, afirmou ontem a petista.
Leia Também
Logo no início da sessão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) justificou a ausência de Dilma. O senador disse que foi um dos que a aconselhou a não comparecer à sessão de hoje. Para Lindbergh, a vinda da presidenta afastada seria inútil já que no colegiado não estão discutindo critérios jurídicos do processo, apenas políticos. "Isso aqui é um jogo de cartas marcadas. Pra que trazer a presidente aqui?", disse.
Segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) a ideia de chamar a presidenta ao Senado hoje foi um gesto de benevolência e respeito uma vez que, segundo ele, não há nenhuma previsão legal que garanta a presença dela hoje na comissão ou a leitura de uma carta escrita por ela pelo advogado.
José Eduardo Cardozo defendeu que a presidenta afastada tem direito de se defender hoje e que o documento que ele trouxe não é uma simples carta, mas um “depoimento por escrito” da petista.
O cronograma da Comissão do Impeachment prevê que entre os dias 7 e 12 de julho a acusação apresentará as alegações finais. Entre os dias 13 e 27 de julho, caberá à defesa enviar os argumentos finais. A partir daí até 1º de agosto, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) poderá elaborar o parecer sobre o caso. Ao meio-dia do dia 2 de agosto, o parecer será lido na comissão, para discussão no dia seguinte e votação no dia 4.