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Lula assume articulações contra o impeachment

Embora ele considere remota a chance de Dilma voltar, a ideia é fazer um movimento para dificultar a vida de Temer, apresentar propostas e não passar a imagem de que o PT entregou os pontos

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Publicado em 06/07/2016 às 9:11
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Embora ele considere remota a chance de Dilma voltar, a ideia é fazer um movimento para dificultar a vida de Temer, apresentar propostas e não passar a imagem de que o PT entregou os pontos - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará nesta quarta-feira (6), em Brasília para assumir as articulações políticas contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Lula vai jantar com senadores de partidos que apoiaram Dilma e com outros que têm dúvidas sobre o processo.

Embora ele considere remota a chance de Dilma voltar, a ideia é fazer um movimento para dificultar a vida do presidente em exercício Michel Temer, apresentar propostas e não passar a imagem de que o PT entregou os pontos.

Dilma não participará nesta quarta do interrogatório na comissão do impeachment no Senado. O advogado José Eduardo Cardozo vai ler uma mensagem da petista e não poderá responder a questionamentos. A estratégia é preservar Dilma e levá-la para falar no plenário da Casa em agosto, quando as sessões serão comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Cardozo negou que Dilma esteja com receio de enfrentar os senadores. "Se tem uma questão que a presidente não tem é medo", disse. "Aqui é um jogo de cartas marcadas. Ninguém está levando em conta aspectos jurídicos e ela faz muito bem em não vir", emendou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do colegiado.

Plebiscito

Lula conversará nesta quarta com senadores sobre a proposta de um plebiscito para consultar a população a respeito de novas eleições. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Sem Terra (MST) são contra, mas senadores como Roberto Requião (PMDB-PR) já disseram a Dilma que ela precisa fazer um gesto para obter apoio porque, mesmo se conseguir retornar ao cargo, não terá condições políticas de se manter no poder.

"Temos de estar abertos para qualquer proposta, seja plebiscito, eleições gerais, eleição presidencial, e tem de tentar unificar. O que não é possível é a proposta de eleição indireta que virá", disse Dilma nesta terça-feira, em reunião com juristas no Alvorada. À noite ela também se encontrou com senadores que a apoiam. "Acredito e luto todo dia para o meu retorno. Não só pelo meu mandato, mas pelo resgate da democracia", afirmou.

A cúpula do PT quer que a presidente afastada escreva uma carta aos brasileiros, para dizer à sociedade o que pretende fazer se conseguir superar o processo de impeachment. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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