O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, decidiu arquivar um dos nove inquéritos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Lava Jato. Ele era investigado pela suspeita de ter recebido propina para facilitar contratos de empresas de praticagem com a Petrobras.
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Teori acatou um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apontou falta de provas para continuar as investigações contra o presidente do Senado no caso. Mas as apurações também ensejaram a denúncia contra o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), aliado do senador, oferecida ao STF no último dia 16 de junho.
Segundo a denúncia, Aníbal prometeu pagamento de propina de R$ 800 mil ao então diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar a celebração de acordo entre a estatal e empresas de praticagem atuantes na Zona de Portuária 16, no Rio de Janeiro. O STF deverá decidir se acata ou não a acusação contra o parlamentar.
Com o arquivamento deste primeiro inquérito contra Renan, ainda restam oito inquéritos que envolvem a participação do senador no esquema de corrupção da Petrobras. Ele é um dos mais de 30 políticos alvos do inquérito-mãe das investigações, que apura o grupo por formação de quadrilha.
Em delação premiada, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse ao Ministério Público que pagou R$ 30 milhões a Renan a título de propina. O senador também aparece em gravações feitas por Machado em que sugere mudar a lei da delação premiada, um dos dispositivos fundamentais da Lava Jato.