Foi aberta por volta das 9h20 mais uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para decidir sobre o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra a decisão do Conselho de Ética, que, no mês passado, aprovou a cassação de seu mandato.
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Presente nesta manhã sem a companhia do advogado, Cunha pediu logo após o início da sessão que fosse verificado se o quórum de 38 deputados presentes representava a pluralidade de blocos partidários. Caso contrário, ele alertou que a reunião da CCJ deveria ser remarcada. O requerimento de Cunha sobre esse assunto ainda será votado.
É a terceira reunião em que a CCJ tenta votar o parecer do relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF), que acolheu um dos 16 questionamentos feitos por Cunha sobre o processo no Conselho de Ética e recomendou uma nova votação naquele colegiado, desta vez, de forma eletrônica e não nominal ao microfone, como ocorreu.
Cunha terá ainda a oportunidade de reforçar sua defesa na CCJ, antes que os parlamentares possam votar pela aprovação ou não do parecer do relator Fonseca.
Adiamento
Na quarta-feira (13), após sete horas de discussões e tentativas de obstrução por parte de deputados aliados de Cunha, a votação acabou adiada mais uma vez. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-BA) alegou a “manipulação do horário” para o início eleição para presidente da Câmara como razão para o adiamento.
A eleição do presidente estava marcada inicialmente para as 16h de ontem, mas teve o horário alterado por diversas vezes pelo presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA). A sessão plenária acabou sendo iniciada às 17h30, prolongando-se até a madrugada. Por 285 votos, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi escolhido para suceder Cunha na presidência da Casa.