CÂMARA DOS DEPUTADOS

'Sem a esquerda não venceríamos essa eleição', diz Rodrigo Maia

Já passava da meia-noite quando o deputado sentou-se pela primeira vez na cadeira que foi de Cunha. Ele fez questão de ressaltar a importância do apoio dos líderes da ''esquerda'' ao seu nome

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Publicado em 14/07/2016 às 9:53
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Já passava da meia-noite quando o deputado sentou-se pela primeira vez na cadeira que foi de Cunha. Ele fez questão de ressaltar a importância do apoio dos líderes da ''esquerda'' ao seu nome - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Já passava da meia-noite quando o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) sentou-se pela primeira vez na confortável cadeira que foi de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no centro da Mesa Diretora no plenário da Câmara.

Depois de se emocionar e chorar ao citar o pai no discurso da vitória (o ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia), o novo presidente da Câmara fez questão de ressaltar a importância do apoio dos líderes da "esquerda" ao seu nome. 

No começo da fala, fez até uma revelação inusitada. "Quero agradecer duas pessoas que acreditaram nesse projeto desde o inicio. Foram eles que estiveram na minha casa há 40 dias e inventaram isso que era uma loucura; os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Orlando Silva, meu grande amigo", disse.

Maia terminou o discurso dizendo que vai "governar com simplicidade, dialogar com a maioria e a minoria e pacificar a Casa". Em seguida, concedeu uma entrevista coletiva na qual voltou a exaltar os aliados da esquerda. "Sem a esquerda não venceríamos essa eleição".

O deputado minimizou a celebração com gritos contra Eduardo Cunha feita no plenário após a votação. "Ajudei a eleger Cunha contra um candidato do PT. No plenário talvez ele tenha sido o melhor presidente que tivemos. Teve méritos. Não sou daqueles que só pisa"

Maia também prometeu "voltar ao debate" sobre a reforma política e disse que está disposto a votar uma agenda negativa. "Os deputados estão eleitos não apenas para ser aplaudidos. Estamos aqui para votar o que pode ser impopular".

O novo dirigente da Câmara, por fim, garantiu que não houve acordo com oposição para pautar temas contra o governo. E concluiu prometendo que votará a cassação de Cunha quando houver quórum. "Votação da cessação do Cunha, para ser legítima, precisa de um quórum elevado", disse.

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