Segurança

Ministro da Defesa: situação no Rio Grande do Norte é 'preocupante'

Em cinco dias seguidos de confrontos no Rio Grande do Norte, foram registradas 92 ocorrências em 33 cidades no estado

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Publicado em 03/08/2016 às 21:14
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Em cinco dias seguidos de confrontos no Rio Grande do Norte, foram registradas 92 ocorrências em 33 cidades no estado - FOTO: Foto: Reprodução / Agência Câmara
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O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou a situação de violência no Rio Grande do Norte como "preocupante". O Estado enfrentou nesta quarta-feira (3) o quinto dia consecutivo de ataques ordenados por facções criminosas, dessa vez em cidades do interior. Foram 92 ocorrências em 33 cidades em todo o período; 85 foram presos com ligação com os casos.

"Há uma insuficiência das forças policiais e, a pedido do governador, o presidente Michel Temer nos autorizou a mandar tropas", disse Jungmann. Segundo o ministro, apesar de o cenário local "seguir preocupante", "a partir de amanhã (quinta), aquela situação tende a se estabilizar".

A quantidade de militares das Forças Armadas aumentou nesta quarta e até o fim da semana a estrutura de segurança potiguar poderá contar com mais de mil homens e mulheres. Com a chegada das tropas, lembrou o ministro, o efetivo da Polícia Militar estará "liberado para reforçar a segurança em outras cidades e nos presídios".

Jungmann estará nesta quinta-feira (4) no Estado para participar das decisões sobre a estratégia de atuação do reforço federal. Os militares deverão atuar na segurança de ruas, corredores de transporte e acesso a pontos turísticos, além de prédios públicos estratégicos. 

Os soldados que farão o reforço foram deslocados de batalhões sediados em João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba; Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns, em Pernambuco; e também de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte.

Apesar da diminuição do ritmo dos ataques, os ônibus da região metropolitana continuam circulando com frota e horários reduzidos. 

Investigação

O grupo que comanda os ataques é conhecido como "Sindicato do Crime" e é a maior organização criminosa do Estado. "A organização é muito numerosa. Nossa preocupação é que com pouco dinheiro eles conseguem pagar adolescentes para cometer os delitos. A grande maioria dos presos no caso são adolescentes", contou a delegada da Polícia Civil local Sheila Freitas.

Segundo o delegado-geral, Clayton Pinho, o Sindicato do Crime, criado em 2013, é mantido com delitos praticados por membros que estão fora da cadeia, e principalmente com o tráfico de drogas.

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