Os senadores José Agripino (DEM-RN) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) declararam na tarde desta terça-feira (9) votos favoráveis ao prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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Agripino disse que Dilma cometeu um "autêntico atentado à Constituição". Para ele, a petista cometeu delitos e não pode chamar impeachment de golpe. "Não venham com essa história de golpe. Golpe é quando tem avião voando, tanque na rua", disse, argumentando que a tramitação do processo já dura mais de nove meses.
Caiado, por sua vez, citou os indicadores econômicos ruins que teriam sido gerados pelas práticas econômicas de Dilma. "Votaremos pela pronúncia da presidente e continuidade do processo", afirmou.
Já o senador João Capiberibe (PSB-AP) afirmou que vai votar contra o prosseguimento do impeachment. Para ele, o processo que tramita no Congresso é uma "encenação grotesca" contra a democracia.
Capiberibe lembrou que auditoria do Senado isentou Dilma no caso dos decretos de suplementação orçamentária e que um procurador federal arquivou denúncia sobre as chamadas pedaladas no Plano Safra. "Processo é exclusivamente político", disse.
O senador Hélio José (PMDB-DF), por sua vez, se mostrou favorável à continuidade do processo. "Essas condutas atentam contra a probidade da administração e da Lei Orçamentária e configuram crime de responsabilidade", afirmou.