Além das críticas ao presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) criticou duramente a mídia em seu pronunciamento no plenário do Senado Federal. Ao falar do seu processo de impeachment, em curso, destacou: "Trata-se de ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia."
Leia Também
- Acompanhe depoimento de Dilma no processo de impeachment
- Dilma começou sua defesa no plenário do Senado
- Lula senta ao lado de Chico Buarque para acompanhar depoimento de Dilma
- Temer assiste depoimento de Dilma no Palácio do Jaburu
- Dilma denuncia ''golpe'' para dar lugar a ''um governo usurpador''
- Dilma: 'golpe, se consumado, resultará na eleição indireta de governo usurpador'
- Marina Silva cancela agenda para acompanhar julgamento de Dilma
Ao criticar Cunha e a mídia, a petista questionou: "Quais foram os crimes hediondos que pratiquei?" E disse que a edição dos decretos suplementares - pelos quais está sendo julgada - respeitou todas as normas legais.
Destacou também que a edição de tais decretos não afetou em nada a meta fiscal. "A Lei de Responsabilidade Fiscal foi respeitada", argumentou, justificando que os parlamentares ignoraram que os resultados fiscais são consequência da desaceleração e não causa. "Em 2015 tivemos uma expressiva queda da receita e fazem questão de ignorar que em 2015 realizamos o maior contingenciamento da história."
Em sua defesa, Dilma disse que apenas depois que assinou os decretos é que o Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer sobre a matéria. E voltou a defender as operações, destacando que foram feitas de acordo com as normais legais. "A presidente da República não pratica nenhum ato em relação à execução do Plano Safra, então, parece óbvio que eu não seja acusada de um ato inexistente." E voltou a dizer que o processo de impeachment não está praticando a Justiça. "Não pratiquei ato ilícito, está provado que não agi dolosamente em nada."