Primeira a fazer suas considerações finais neste quinto dia de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff, a advogada de acusação Janaína Paschoal afirmou nesta terça-feira (30) que, como mulher, sofreu "mais que ninguém" por ter solicitado o afastamento de Dilma, pelo fato de ser a primeira mulher na Presidência da República. "Ninguém pode ser perseguido por ser mulher. No entanto, ninguém pode ser protegido por ser mulher. Fosse um homem, eu pediria o impedimento. Não seria justo que eu assim não procedesse pelo fato de ser mulher”, afirmou.
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A advogada disse que foi Deus quem fez com que juristas e outros segmentos do país percebessem o momento que o Brasil atravesssava. “Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma com sua competência, percebessem o que estava acontecendo ao nosso país e conferissem a coragem para se levantarem e fazerem alguma coisa a respeito”, completou.
Para Janaína Paschoal ,“diferentemente” do que foi dito pela petista e por senadores aliados a ela “este processo é do povo”. A advogada adotou tom forte para falar aos senadores. “É necessário que o mundo saiba que não estamos tratando aqui só de questões contábeis”, afirmou.