No mínimo dez partidos confirmaram que suas bancadas irão votar na próxima segunda-feira (12), na Câmara dos Deputados, a favor da cassação do mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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Segundo a Folha de São Paulo, líderes do PT, PSDB, PSB, DEM, PRB, PDT, PC do B, PPS, PSOL e Rede afirmaram que serão mínimas as ausências ou votos para inocentar ou aplicar punição mais branda ao ex-presidente da Casa.
As dez legendas somam 238 deputados, 19 a menos do que o mínimo necessário 257 votos para que Cunha seja cassado. Mas pode ser que haja uma contribuição não desprezível de votos favoráveis a cassação do PMDB - maior legenda da Casa, com 66 cadeiras - e dos partidos PP, PR, PTB e PSD, entre outros.
A votação será aberta e pode repercutir nas eleições municipais de outubro, seja nas candidaturas próprias ou apoiando aliados dos congressistas. Hoje os deputados temem em assumir o apoio a Cunha na Câmara.
A reportagem da Folha de São Paulo afirma que ouviu líderes de 17 das 23 bancadas. Nenhum deles manifestou abertamente voto em pró ao peemedebista.
Esquemas
Cunha e aliados demonstram não ter desistido de evitar a cassação. O ex-presidente da Câmara tem feito o possível para conseguir coligados através de ligações e mandado cartas aos deputados. Além disso, o deputado estimulou aliados a tentar esvaziar a sessão de segunda-feira, com o objetivo de evitar a obtenção dos 257 votos contrários ou que seja adiada para depois da eleição municipal.
A Câmara tenta emplacar na sessão novas regras que permitam a votação de uma punição moderada, como a suspensão do mandato de Eduardo Cunha.
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, declarou nesta terça-feira (6) que rejeitará as propostas de mudança no formato da votação, mas quem decidirá será o plenário. “Não haverá nenhuma decisão isolada minha. Qualquer decisão seguirá o regimento da Casa e será sempre respaldada pela maioria do plenário”. disse Maia.