TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Economia não suportaria esperar reforma trabalhista no 2º semestre, diz Gandra

''Acho que a economia não suportaria. Tenho impressão que não é necessária uma ampla reforma de toda a legislação, basta que se prestigie mais a negociação coletiva'', disse o ministro

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Publicado em 21/09/2016 às 13:56
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''Acho que a economia não suportaria. Tenho impressão que não é necessária uma ampla reforma de toda a legislação, basta que se prestigie mais a negociação coletiva'', disse o ministro - FOTO: Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas
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O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, disse que a reforma trabalhista é urgente e que a economia do País não suportaria esperar as mudanças até o segundo semestre de 2017. Na edição do Fóruns Estadão Brasil Competitivo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou que o governo federal decidiu enviar a modernização trabalhista na segunda metade do ano que vem.

"Acho que a economia não suportaria. Tenho impressão que não é necessária uma ampla reforma de toda a legislação, basta que se prestigie mais a negociação coletiva", disse o ministro, durante entrevista concedida à imprensa antes de começar sua palestra no evento. Ao abrir seu discurso do Fórum, ele repetiu o argumento.

Base para reforma

Gandra disse que segue a afirmação dada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na segunda-feira (19) quando disse que os projetos em tramitação no Congresso e os processos a serem julgados na Justiça já são a base para a reforma trabalhista.

"Temos as duas principais questões trabalhistas no Supremo, que é a negociação coletiva e a terceirização", disse o presidente do TST. Para ele, o Supremo Tribunal Federal daria um ambiente jurídico mais claro ao julgar os processos sobre terceirização e já deu sinalizações a cerca da negociação coletiva. "Há quem diga que essas sinalizações ainda dão margem à discussão. Eu tenho visão diferente, a sinalização (do Supremo) é clara", afirmou.

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