O presidente Michel Temer e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmaram nesta segunda-feira (3) que a rejeição dos colombianos ao acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não deve significar a desistência da busca pelo fim do conflito no país.
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Em nota assinada pelos dois, Temer e Serra dizem que as forças políticas da Colômbia precisam continuar procurando uma “solução pacífica” para a questão, mesmo após derrota no referendo, ocorrido nesse domingo (2).
Assinado na última segunda-feira (26) entre o governo colombiano e líderes das Farc, o histórico acordo de paz, obtido após anos de negociações, foi rejeitado por 50,21% da população da Colômbia. Temer e Serra afirmam respeitar a opção “da maioria dos eleitores colombianos” e se colocam à disposição para colaborar “intensamente” num esforço pela paz no país.
“Consideramos que não se deve desistir da causa da paz no país. Nesse sentido, encorajamos o governo, as Farc e todas as forças políticas da Colômbia a prosseguirem na busca de uma solução pacífica para esse conflito de meio século que tanto sofrimento causou ao povo colombiano”, afirma o presidente e o chanceler no comunicado.
Mesmo com o resultado do referendo, Colômbia segue firmando a paz
Nesta segunda-feira, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, manifestaram interesse em seguir construindo uma paz “estável e duradoura” na Colômbia, apesar do resultado do referendo.