Operação Ápia

Polícia Federal prende ex-governador do Tocantins

Outro ex-governador do Estado foi alvo de mandado de condução coercitiva. Os dois são investigados por operação que desarticulou esquema que fraudava licitações públicas

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Publicado em 13/10/2016 às 10:22
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Outro ex-governador do Estado foi alvo de mandado de condução coercitiva. Os dois são investigados por operação que desarticulou esquema que fraudava licitações públicas - FOTO: Foto: AL-TO/Divulgação
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O ex-governador de Tocantins Sandoval Cardoso foi preso na manhã desta quinta-feira (13), pela Polícia Federal. Outro ex-governador do Estado, José Wilson Siqueira Campos, ex-PSDB, foi alvo de mandado de condução coercitiva. Os dois são investigados pela Operação Ápia, deflagrada nesta quinta-feira que desarticulou esquema que fraudava licitações públicas e execução de contratos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais. A PF também faz buscas na Secretaria de Infraestrutura do TO (Seinfra).

Os dois foram governadores do Tocantins entre 2011 a 2014, quando celebraram contrato de financiamento firmado com o Banco do Brasil, objetivando obter recursos do BNDES e captados no exterior no valor de R$ 1,2 bilhão, bem como a concretização de aditivos, contratos de garantia e de liberação dos recursos. Segundo a PF, os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

Ministério Público Federal

Na decisão judicial que autorizou as ações, o Ministério Público Federal menciona o fato de na eleição de 2014, José Wilson Siqueira Campos ter renunciado ao governo para eleger o filho, Eduardo Siqueira Campos, deputado estadual. A campanha deste último teria se beneficiado de doações eleitorais das empresas investigadas na Operação Ápia; assim como as candidaturas de Sandoval e de Eduardo Gomes, que disputaram, sem sucesso, no mesmo ano para governador e senador. Eduardo Siqueira Campos foi eleito e, por ter prerrogativa de foro, não é alvo, neste momento, da operação.

Em comunicado à imprensa, a PF diz que estima-se que o prejuízo aos cofres públicos gire em torno de 25% dos valores das obras contratadas, o que representa aproximadamente R$ 200 milhões de reais.

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