Brasília

Temer articula reunião com Cármen Lúcia, Renan e Maia para esta quarta

Reunião, promovida por Temer, visa evitar uma crise maior após declarações de Renan Calheiros causarem um mal estar com o judiciário

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Publicado em 25/10/2016 às 19:28
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Reunião, promovida por Temer, visa evitar uma crise maior após declarações de Renan Calheiros causarem um mal estar com o judiciário - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O presidente Michel Temer quer ter um papel de "conciliador" e agendou para esta quarta-feira (26) a princípio às 11 horas, um encontro com os presidentes dos três poderes: Cármen Lúcia (Supremo Tribunal Federal), Renan Calheiros (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara). Segundo interlocutores do presidente, a ideia de marcar a "DR" é evitar que ruídos entre representantes dos três poderes possam colocar em risco a agenda de retomada do crescimento que o governo pretende implementar.

Nesta terça-feira (25) mais uma vez, Temer se encontrou com Renan pela manhã no Palácio do Planalto e acertou o encontro a fim de evitar uma crise maior, após as declarações do presidente do Senado causar mal estar com o Judiciário. Para aliados do presidente, essa aproximação com Renan - que esteve pelo terceiro dia com Temer - está sendo considerada bastante positiva. 

A conversa com os mandatários dos três Poderes foi agendada após Cármen Lúcia rebater, nesta terça-feira (25) as críticas de Renan ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara da Justiça Federal de Brasília. "Onde juiz for destratado, eu também sou", declarou a presidente do STF. A ministra disse ainda que o Judiciário exige respeito dos demais Poderes da República. Oliveira foi o responsável por autorizar, na sexta-feira, 21, a prisão de quatro policiais legislativos, além de uma operação de busca e apreensão na sede da Polícia Legislativa no Congresso Nacional. Na última segunda-feira (24) Renan disse que a operação foi "fascista" e chamou Oliveira de "juizeco".

Caso Moraes

O encontro entre Renan e o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, deve acontecer apenas na sexta-feira, 28, durante o lançamento do Pacto Nacional pela Segurança Pública.

No seu desabafo contra a ação da Polícia Federal, Renan chamou Moraes de "chefete de polícia" após o ministro afirmar que os agentes da polícia legislativa "extrapolaram" a competência.

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