O ministro das Cidades, Bruno Araújo, minimizou nesta sexta-feira (25), a crise que atingiu o Palácio do Planalto, após o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. "O presidente Temer, com certeza, terá serenidade para conduzir esse momento. É uma prerrogativa do presidente de escolher os seus auxiliares", afirmou Bruno na chegada do evento do PSDB, promovido na Câmara dos Deputados.
Leia Também
- PSOL anuncia que vai protocolar pedido de impeachment de Temer
- Temer sinaliza ir a Davos para tentar retomar confiança
- Aécio defende que Calero seja investigado por gravar diálogo com Temer
- Geddel entrega carta de demissão e diz que Temer é 'fraterno amigo'
- Líder do PSDB no Senado defende Temer e critica depoimento de Calero
- Crise política abala cúpula do governo Temer e penaliza Bovespa
- Geddel decide deixar cargo após agravamento de crise no governo Temer
Questionado sobre o surgimento de possíveis pedidos de afastamento de Temer da presidência, o ministro afirmou: "No Congresso se pediu o impeachment de todos os presidentes. O momento é de ter unidade para enfrentar a profunda crise".
Queda de Geddel
O estouro da crise, que ocasionou na queda de Geddel, ocorreu após vir a público trecho do depoimento, realizado à Polícia Federal, em que ex-ministro da Cultura Marcelo afirma ter recebido pressão do presidente Temer para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador.
Calero disse aos investigadores ter gravado conversas sobre o assunto. Foram alvo do "grampo" além do presidente e de Geddel, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
No depoimento à PF, Calero narrou ter recebido pressão de vários ministros para que convencesse o Instituto do Patrimônio Histório Nacional (Iphan) a voltar atrás na decisão de barrar o empreendimento La Vue, onde Geddel diz ter adquirido um apartamento, nos arredores de uma área tombada de Salvador.