Deputados da oposição se revezam na tribuna da Câmara para criticar o uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo pela Polícia Militar para dispersar a manifestação em frente ao Congresso Nacional nesta terça-feira (29).
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O deputado Pepe Vargas (PT-RS), que chegou a deixar a Casa para acompanhar o protesto após a confusão, afirmou que nunca viu uma reação parecida, por parte da PM, quando as manifestações pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Já os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Marco Maia (PT-RS) cobraram que o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), tomasse uma posição, já que a ação da PM está sob sua responsabilidade. "Eu, com 14 anos nesta Casa, não tinha assistido uma maneira tão truculenta de acabar com uma manifestação", disse o deputado petista.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS), por sua vez, afirmou que o gramado em frente ao Congresso se transformou em uma "praça de guerra".
Protestos
Cerca de 10 mil manifestantes se concentraram na Esplanada dos Ministérios para um protesto contra o governo do presidente Michel Temer e projetos que estão sendo votados tanto na Câmara quanto no Senado. A maioria dos manifestantes é formada por estudantes, que apoiam as ocupações de escolas e vieram de todo o País para protestar contra a aprovação da PEC que estabelece um teto para os gastos públicos e contra a medida provisória que propõe uma reforma no ensino médio.