O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) pagou R$ 1 milhão por um conjunto de brinco de ouro amarelo 18k com rubi e de anel de ouro amarelo 18k com rubi na joalheria H.Stern. As joias foram compradas para celebrar os 10 anos de casamento com a advogada Adriana Ancelmo, segundo a denúncia da Operação Calicute, em abril de 2014, mês que o peemedebista deixou o governo do Rio.
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Segundo a investigação, o brinco custou R$ 400 mil e o anel, R$ 600 mil.
"Sérgio Cabral gastou a espantosa quantia de R$ 1 milhão de dinheiro oriundo de corrupção e outros ilícitos para presentear a esposa Adriana Ancelmo com um conjunto de brincos e anel de rubis, no mês de abril de 2014, quando completaram 10 anos de matrimônio", aponta a denúncia da Procuradoria contra o ex-governador do Rio.
A Procuradoria da República afirma que Sérgio Cabral comprou "sem emissão de notas fiscais", ao todo, R$ 1,772 milhão na H Stern. Adriana Ancelmo, segundo a Calicute, adquiriu R$ 520 mil "usando os rendimentos gerados pela organização criminosa que integra, especialmente com a finalidade de ocultar a origem espúria de valores obtidos com a corrupção do marido, o denunciado Sérgio Cabral".
Sérgio Cabral está preso desde 17 de novembro quando foi capturado pela Calicute. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, mandou prender nesta terça-feira (6) a advogada Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral.
Denúncia
A Procuradoria da República denunciou o ex-governador do Rio por quadrilha corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, recebeu a denúncia contra o ex-governador, 12 aliados seus, inclusive sua mulher Adriana Ancelmo e ex-secretários de Estado, que em seus dois mandatos ocuparam cadeiras estratégicas que teriam sido usadas para movimentar o esquema de arrecadação ilícita de recursos de grandes obras do Estado contratadas junto a empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Segundo a denúncia, Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo escolhiam "suas joias preferidas em casa". Apontados como operadores financeiros do esquema, Carlos Miranda e Carlos Bezerra compareciam à sede da joalheria H.Stern "para entregar o dinheiro correspondente às peças adquiridas, as quais eram vendidas invariavelmente sem emissão de notas fiscais".
A acusação aponta que Carlos Bezerra esteve seis vezes na sede da H.Stern, em Ipanema, entre 2014 e 2016, "todas elas igualmente pelo tempo compatível somente com a realização do acerto financeiro".