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Recifense desaprova Temer e quer novas eleições

A pesquisa também coletou a intenção de voto do eleitor recifense para a eleição presidencial de 2018

Da redação
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Publicado em 26/12/2016 às 7:03
Foto: Antonio Cruz/ABr
A pesquisa também coletou a intenção de voto do eleitor recifense para a eleição presidencial de 2018 - FOTO: Foto: Antonio Cruz/ABr
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O eleitor recifense é favorável à renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e à convocação de novas eleições, aponta pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Uninassau. Entre os entrevistados, 73,4% aprovam a saída do peemedebista do poder, enquanto 10,9% querem sua permanência. Outros 15,7% não souberam ou não responderam à pergunta. 

O percentual acompanha a desaprovação do governo de Temer, segundo mostra a mesma pesquisa: 38,4% dos entrevistados consideram a administração ruim; 36,1% péssima e 15,4% regular. Apenas 0,6% acham o governo de Temer ótimo e 1,4% bom. O universo de pessoas que não sabem ou não responderam chega a 8%. 

A pesquisa também coletou a intenção de voto do eleitor recifense para a eleição presidencial de 2018. Em perguntas estimuladas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando, com 34,9%. Marina Silva (Rede) aparece com 12,2%; o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem 7,5% e Ciro Gomes (PDT-CE) reúne 2,4%. Do PSDB, Aécio Neves, que concorreu no segundo turno em 2014, tem 2,4% da intenção de votos e Geraldo Alckmin aparece com 0,6%. O senador Álvaro Dias (PV-PR) tem 0,5%. Votos brancos, nulos ou em nenhum dos candidatos somam 21,8%. Já 17,6% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Para o coordenador da pesquisa, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista político, Adriano Oliveira, dois principais fatores contribuem para a ascensão de Lula. “Um deles é a administração ruim de Michel Temer. O segundo é o fato de que se Lula não for preso ou condenado até a eleição de 2018, ele pode acabar como mártir. Aí será a ressurreição dele”, avaliou. “Após o impeachment, o problema saiu do colo do PT e recaiu sobre a classe política, o que acaba sendo um alívio para o ex-presidente”, acrescentou.

CAIXA DOIS

A pesquisa também ouviu a opinião do eleitor sobre o caixa dois. Entre os entrevistados, 77,9% já ouviram falar em “uso do caixa dois” em campanha, enquanto 20,2% não. Nessa questão, 1,9% não sabe ou não respondeu. Entre os entrevistados que responderam que sabiam da prática do recolhimento não declarado, para 96,6% o caixa dois representa corrupção e 3,1% não sabe e não respondeu.

“Isso mostra que a narrativa da Operação Lava Jato foi bem vendida”, avalia Adriano Oliveira. Na opinião do pesquisador, os dados sobre o caixa dois mostram, também, a necessidade da implementação de uma reforma política no Brasil, acabando com o fim das doações privadas e a adoção do financiamento público para as campanhas eleitorais. 

Para o levantamento, foram ouvidas 624 pessoas, entre os dias 13 e 14 de dezembro, no Recife. A margem de erro é de quatro pontos percentuais. 

A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Uninassau, novo nome do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). A mudança de nome, explica o presidente do Instituto, Jânyo Diniz, é um alinhamento à marca da instituição de ensino, que integra o grupo Ser Educacional.

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