O ex-candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, usou as redes sociais, nesta terça-feira (15), para criticar o decreto que flexibiliza a posse armas no Brasil, poucas horas antes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinar o documento.
Pelo Twitter, Haddad disse que a liberação de armas fará com que a segurança pública seja privatizada. "A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público", disse o ex-presidenciável.
O petista também afirmou que após a liberação da posse de armas, "a legalização das milícias é o próximo passo", lembrando que Bolsonaro apresentou um Projeto de Lei sobre o tema enquanto foi deputado federal.
Pouca gente sabe, mas segurança é dos primeiros direitos assegurados pelo Estado moderno. A liberação de armas nos remete à pré-modernidade e nos conduzirá à privatização desse serviço público. A legalização das milícias é o próximo passo. Há um PL de Bolsonaro sobre o tema.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 15 de janeiro de 2019
Flexibilização
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que flexibiliza o acesso à posse de armas no Brasil. A mudança nas regras do Estatuto do Desarmamento foi uma das principais promessas de campanha do presidente da República. O documento deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
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“Como o povo soberanamente decidiu, para lhes resguardar o direito à legítima defesa, vou agora, como presidente, usar esta arma”, afirmou Bolsonaro. “Estou restaurando o que o povo quis em 2005”, acrescentou, mencionando o referendo realizado há 14 anos.