O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que a proposta de reforma da Previdência deverá ser apresentada pelo governo só depois das eleições da Câmara e do Senado. Ele ainda negou que o caso envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, atrapalhe a negociação da proposta no Congresso Nacional. "Isso não influi na negociação da reforma, não tem influência."
Nesta segunda-feira (21) Mourão defendeu um período de transição para aumentar de 30 para 35 anos o tempo mínimo de serviço para que militares se aposentem. Além disso, ele voltou a propor o fim do pagamento integral de pensão por morte de integrantes das Forças Armadas. Ele negou que haja resistência a esses temas. "São assuntos que estão sendo discutidos. Militar não resiste, militar é tranquilo, são os mais fáceis", declarou.
Leia Também
- Comprador do imóvel de Flávio Bolsonaro afirma que pagamento foi feito em espécie
- Além de Flávio Bolsonaro, Coaf cita outros 27 políticos no Rio
- Flávio Bolsonaro comprou dois imóveis por R$ 4,2 milhões em três anos
- Flávio Bolsonaro, à RecordTV: Movimentação se refere a negócio imobiliário
- Falta de explicação 'plausível' de Flávio incomoda militares e equipe de Moro
Caso de Flávio
Ao deixar o Palácio do Jaburu no primeiro dia como presidente em exercício, Hamilton Mourão voltou a falar que o caso envolvendo as movimentações financeiras do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, não afeta o governo.
"O governo não. Pode preocupar o presidente como pai em relação ao filho, todos nós nos preocupamos com nossos filhos, que talvez é isso aí, apesar de ele não ter me dito nada a respeito", disse, ao ser questionado se o silêncio do presidente sobre o caso de Flávio Bolsonaro preocuparia.
Além disso, Mourão negou que a polêmica influencie o governo na negociação da reforma da Previdência no Congresso.